lunes, 29 de junio de 2009

Moldura

Eu queria poder pintar o que se vê

Destoar dos debruçados olhos
- Embaçar
E não palpitar o desviar;
[deles]

Do sopro de pólvora que em pedra almeja afirmar
O teu estar
[e apenas o teu estar]

Eu queria cambalear em teus portões
E cair

[Adentro]

E não precisar fazer-me de quem diz
Soar o teu cheiro

De ti,
- esfaquear
todos os presentes dos teus lugares
Pra que eu quisesse poder sofrer
menos ao enciumar-me dos teus sonos,
e perder a inveja
[Em vão]
De fundir em aquilo que
Nunca deixei de ser

[Agora]

Eu queria poder ser algo se não você.

6 comentarios:

Broz. dijo...

Gostei!

Pedro Braga Soares dijo...

Tem excelentes versos... já começa bem.

João Medeiros dijo...

Show [e essas chaves sao mesmo demais, esclarecendo com um lusco-fusco de ideias!!]

João Medeiros dijo...

*colchetes, isto é

Unknown dijo...

desculpe o baixo lirismo, mas:
caralho!
foda demais.

bom ter encontrado esse blog.
publique mais vezes, por favor.

Rafael Pin dijo...

bonito, muito bonito.